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O Panorama

O mês de agosto de 2024 apresentou um cenário misto para o varejo brasileiro, com desempenhos variados entre diferentes indicadores e regiões. O mês trouxe tanto crescimento em alguns segmentos quanto desafios em termos de faturamento geral. A seguir, destacamos as análises com base em três fontes de dados: o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o Índice de Vendas do Santander (IGet) e dados complementares da Cielo.

Contraste: Vendas X Faturamento

Segundo o ICVA, as vendas online aumentaram 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as vendas em lojas físicas apresentaram um crescimento maior de 5,6%.

O ICVA revelou que, apesar do crescimento em determinados segmentos, o varejo como um todo teve uma queda de 0,2% em agosto, quando ajustado pela inflação. A queda no faturamento real foi atenuada por fatores sazonais, como as comemorações do Dia dos Pais.

Os setores que tiveram alta foram Varejo Alimentício Especializado e Móveis, Eletro e Depto e os que tiveram queda foram Supermercados e Hipermercados que, embora tenham mostrado uma deflação, contribuíram para uma redução geral, assim como Bares e Restaurantes, que enfrentaram uma diminuição significativa.

O Sul

Dentre as regiões analisadas, o Sul registrou uma alta de 3%, enquanto as demais enfrentaram desempenho negativo.

Macrossetores

Os Bens Duráveis e Serviços tiveram queda de 0,5% e 3,5%, respectivamente.

Dados Nominais

Em termos nominais, que consideram a inflação, o faturamento no varejo cresceu 4,7%. O comércio eletrônico teve um aumento de 6,5%, enquanto as vendas presenciais cresceram 4,2%. Apesar desses aumentos, a queda real no faturamento sugere que o crescimento nominal não foi suficiente para compensar as perdas ajustadas pela inflação.

O IGet ampliado mostrou um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação mensal, houve um acréscimo de 0,1%, e o IGet restrito, que exclui materiais de construção e peças automotivas, teve um aumento de 0,5%.

Daqui para frente

Os economistas apontam que, embora o segundo trimestre tenha mostrado resultados positivos, a perspectiva para o terceiro trimestre é mista. A resiliência da renda e do mercado de trabalho continua a influenciar os resultados, mas a volatilidade permanece elevada. A queda no faturamento real, apesar do crescimento nominal, destaca a necessidade de monitoramento constante e adaptação às mudanças econômicas para melhorar a performance no mercado.


Fontes:

https://veja.abril.com.br/coluna/radar/faturamento-do-varejo-cai-02-em-agosto-segundo-a-cielo/ 

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/vendas-no-varejo-brasileiro-caem-02-em-agosto-mostra-indice-da-cielo/#:~:text=As%20vendas%20no%20varejo%20brasileiro,de%20pagamentos%20em%2018%20setores. 

https://forbes.com.br/forbes-money/2024/09/indice-getnet-mostra-alta-de-31-nas-vendas-no-varejo-brasileiro/ 

https://www.brasil247.com/economia/varejo-brasileiro-registra-em-agosto-alta-de-3-1-9s80g87o 

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