Em janeiro de 2025, o comércio varejista brasileiro registrou um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, ao descontar a inflação, houve uma leve queda de 0,3% nas vendas, indicando um mercado ainda desafiador para o setor.
Os desempenhos setoriais demonstram algumas áreas de crescimento significativo:
Tecidos, Vestuário e Calçados: +4,8%
Artigos Farmacêuticos: +2,2%
Combustíveis e Lubrificantes: +9,3%
Hipermercados, Supermercados e Alimentos: +2,3%
Livros, Jornais e Papelaria: +1,5%
Material de Construção: +0,8%
O setor de combustíveis e lubrificantes foi o que mais se destacou, registrando um crescimento expressivo de 9,3% nas vendas.
Os estados do Norte e Nordeste apresentaram desempenhos positivos, com destaque para:
Roraima: +9,3%
Amazonas: +6%
Acre: +4,6%
Alagoas: +4,3%
Ceará: +4,1%
Esse crescimento regional pode estar atrelado a fatores como incentivos fiscais, aumento do consumo e reaquecimento da economia local.
O comércio físico registrou um crescimento de 1,5%, confirmando sua resiliência.
O comércio digital, por outro lado, teve queda de 1,6%, demonstrando um desaquecimento nas compras online.
Apesar do crescimento observado no início do ano, o varejo brasileiro pode enfrentar uma desaceleração ao longo de 2025. O aumento da inflação, condições financeiras mais restritivas e a redução de estímulos fiscais podem impactar negativamente o consumo nos próximos meses.
O varejo do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 6,8% nas vendas acumuladas nos últimos 12 meses. No entanto, novembro de 2024 foi um mês fraco, com queda de 17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As enchentes ocorridas ao longo de 2024 impactaram significativamente as vendas no estado, com uma leve recuperação esperada para dezembro.
O varejo iniciou 2025 com sinais mistos: crescimento em alguns setores e regiões, mas desafios decorrentes da inflação e da desaceleração econômica. O comportamento do consumidor e as condições macroeconômicas serão determinantes para o desempenho do setor nos próximos meses. Acompanhar esses indicadores será essencial para adaptações estratégicas ao longo do ano.
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