O varejo brasileiro apresentou, em novembro de 2024, resultados positivos, impulsionados por fatores macroeconômicos favoráveis e pelo forte desempenho da Black Friday. No entanto, o setor também enfrenta desafios que exigem atenção para manter o crescimento sustentável. A seguir, detalhamos os principais indicadores e tendências do mercado.
O ambiente macroeconômico continua sendo um aliado importante para o desempenho do setor varejista. Algumas variáveis se destacaram no mês:
- Queda na taxa de desemprego: Mais brasileiros empregados impulsionam o consumo e geram confiança no mercado.
- Crescimento na massa de renda real: O aumento do poder aquisitivo contribuiu para o fortalecimento das vendas no varejo.
- Expansão do crédito: O maior acesso a financiamentos está beneficiando o consumo, embora o custo do crédito esteja mais elevado devido à alta da taxa Selic.
Por outro lado, a escalada na Selic impõe desafios, especialmente para setores que dependem fortemente de financiamentos, como móveis, eletrodomésticos e veículos. Além disso, a inadimplência permanece em níveis altos, mesmo com o aumento do emprego e da renda. A inflação, embora sob controle, fecha o ano no teto da meta, corroendo parte do poder de compra.
O desempenho da Black Friday 2024 foi excepcional, com crescimento expressivo tanto no comércio físico quanto no digital. Os dados indicam que esta foi uma das melhores edições desde o início da pandemia, com destaque para o aumento na confiança do consumidor. Confira os números:
Crescimento Geral
- Vendas totais aumentaram 16,1% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).
- Comércio físico: Alta de 17,1%;
- E-commerce: Crescimento de 8,9%.
Segmentos em Destaque
1. Supermercados e hipermercados: Crescimento de 26,2%, liderando as categorias.
2. Drogarias e farmácias: Alta de 21%, impulsionada por promoções e aumento da demanda por saúde e bem-estar.
3. Vestuário: Expansão de 18%, com forte adesão às promoções.
4. Alimentação: Aumento de 17%, refletindo o consumo de refeições fora de casa.
5. Móveis, eletros e departamentos: Crescimento mais modesto, de 7,9%, mas relevante após quedas nos anos anteriores.
Destaque Regional
O desempenho regional na Black Friday também chamou atenção:
- Região Sul: Crescimento de +19,5%, com destaque para o Rio Grande do Sul (+20,6%);
- Norte: +18,6%;
- Sudeste: +18,2%;
- Centro-Oeste: +15%;
- Nordeste: +13,2%.
O comércio eletrônico manteve sua relevância, quebrando recordes:
- Faturamento total na sexta-feira (29): R$ 4,27 bilhões, alta de 8,4% em relação a 2023;
- Faturamento total de quinta-feira (28) e sexta-feira (29): R$ 5,97 bilhões;
- Foram vendidas mais de 20,6 milhões de unidades, um crescimento de 9,4%.
O desempenho no final de semana pós-Black Friday também foi significativo, com faturamento total de R$ 8 bilhões – o melhor desde 2020. O comércio online, que sofreu em 2023 com uma queda de 13%, mostrou recuperação sólida este ano.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que o varejo brasileiro deve encerrar 2024 em alta, registrando o maior crescimento dos últimos 11 anos.
- Datas importantes como a Black Friday e o Natal impulsionaram significativamente o setor;
- No entanto, fatores como a alta da Selic, inadimplência e inflação ainda geram incertezas para 2025.
O relatório do varejo de novembro de 2024 evidencia um cenário otimista, marcado por forte desempenho na Black Friday e variáveis macroeconômicas favoráveis. Apesar de alguns desafios, como a Selic elevada e a inadimplência, o varejo brasileiro demonstra resiliência e recuperação consistente.
As vendas digitais continuam crescendo, consolidando-se como um pilar estratégico para o setor. Além disso, a força do comércio físico reforça a importância de integrar canais e oferecer experiências diferenciadas ao consumidor.
Quer saber mais sobre o comportamento do varejo e as tendências para 2025? Acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades!
Desenvolvido por Govoni Soluções Digitais