Iniciamos o mês de Setembro com notícias positivas, apesar de acompanharmos um momento de incertezas desde o ínicio do ano, mas conforme o Varejo foi se estabilizando estudos apontam afirmações positivas. Por exemplo, um estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), realizado em 05/09/2023, revelou que o faturamento do e-commerce no primeiro semestre do ano atingiu R$ 80,4 bilhões, representando um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por indicadores econômicos favoráveis, como a queda dos juros e da inflação, com expectativas de atingir R$ 185,7 bilhões até o final de 2023.
Ainda comparando 2023 com o ano passado, um levantamento realizado pela Rakuten Advertising destacou que as vendas de produtos de beleza por e-commerce, impulsionadas por anúncios online feitos em colaboração com influenciadores que recebem comissões por vendas ou cliques, tiveram um aumento anual de 64% em 2023 e de 73% no primeiro semestre do mesmo ano. Atualmente, essa categoria representa cerca de 6% do volume total de vendas online.
Com o aumento de vendas online, no primeiro semestre deste ano, o uso do cartão de crédito para pagamentos em compras online registrou um impressionante aumento de 43%, conforme revelado por um estudo realizado pela Yampi, uma empresa de tecnologia especializada em soluções para o comércio eletrônico. O levantamento comparou esses dados com o segundo semestre do ano anterior.
Os pagamentos com cartão de crédito totalizaram mais de R$ 1 bilhão no primeiro semestre, tornando-se a forma de pagamento líder. Em segundo lugar, está o Pix, que movimentou cerca de R$ 620 milhões em transações de e-commerce. Os pagamentos via boletos ficaram em terceiro lugar, com um total de R$ 112 milhões em transações online. A pesquisa ainda prever que o uso do Pix como forma de pagamento continuará crescendo, especialmente com a proximidade da Black Friday e do Natal.
Outro estudo realizado pela plataforma de comércio eletrônico Shopee revelou que, no primeiro trimestre de 2023, o cartão de crédito e o Pix dominaram as preferências dos brasileiros para compras online, sendo utilizados em 93,1% das transações na plataforma. O cartão de crédito lidera com 48,6% das transações, seguido de perto pelo Pix, com 44,5%, enquanto o pagamento via boleto representa apenas 6,17% das compras.
Focando em datas promocionais, com o 15 de Setembro (dia do cliente) o varejo obteve um impacto significativo nas vendas das pequenas e médias empresas digitais, conforme revelado em pesquisa da Nuvemshop, realizada em 20/09/2023. Durante o período de 10 a 16 de setembro, houve um aumento de 21,5% nas movimentações financeiras em comparação com a data no ano anterior.
Referente ao número de pedidos, cresceram aproximadamente 23%, totalizando 294,5 mil pedidos. Essas vendas foram principalmente realizadas por meio de e-commerce, com 25% delas originadas nas redes sociais. O Instagram se destacou como o principal canal de vendas, representando 90% dos pedidos. Além disso, os vendedores online adotaram estratégias de promoções com frete grátis, que contribuíram com cerca de 28% das vendas.
O segmento de moda liderou as vendas, totalizando R$ 26 milhões em faturamento. Saúde & Beleza (R$ 6,5 milhões) e Acessórios (R$ 5 milhões) também tiveram bom desempenho. Um destaque notável foi a vertical Casa & Jardim, que registrou um crescimento de aproximadamente 52% no período.
Para continuar a cada vez mais crescer nos índices, é preciso compreender o comportamento do consumidor. E a grande questão é: Quais são as tendências dos consumidores brasileiros em 2023?
Considerando as datas mais importantes: Black Friday e Natal, o cashback e cupons de desconto ganham força nas expectativas dos clientes. De acordo com o "Panorama de Fidelização no Brasil 2023", produzido pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf) em colaboração com a Tudo Sobre Incentivos (TSI), o cashback é a opção preferida dos consumidores em programas de fidelização. O estudo revela que as empresas que implementam programas de fidelidade bem estruturados têm seis vezes mais interações com seus consumidores.
Os dados mostram que 80,9% dos entrevistados participam de programas de fidelidade, sendo que 53,6% deles estão envolvidos em até três programas diferentes. Entre as ações de fidelização mais valorizadas, o cashback lidera, com 33% de preferência, seguido de perto por cupons de desconto (31,5%) e acumulação de pontos (31,4%).
O estudo também destaca a importância do reconhecimento, com 82,7% dos entrevistados considerando o reconhecimento (como receber um agradecimento, distintivos ou tratamento diferenciado) como um elemento importante na relação entre marca e consumidor. Além disso, os programas de fidelidade são percebidos como melhorando a experiência de compra para 83,2% dos respondentes.
Além de fatores tradicionais, como qualidade, preço e comodidade, o levantamento também evidencia o interesse dos consumidores em valores compartilhados, como ESG (Environmental, Social and Governance), bem como recompensas aspiracionais, como viagens e crescimento pessoal por meio de cursos. O estudo oferece insights sobre o impacto desses programas de fidelização no engajamento do público e no relacionamento entre marca e cliente.
O consumidor do futuro busca uma experiência de compra marcada por humanização, personalização, fidelização e inclusão. Essa tendência foi revelada na pesquisa "Tomorrow's Consumer: Onda 2023 Latam", divulgada no Latam Retail Show. O "smart consumer" atual valoriza a eficiência nas jornadas de consumo, é crítico em relação à tecnologia e usa o celular como fonte de referência.
A pesquisa destaca a importância de conexões transparentes e verdadeiras, refletida no aumento de visitas a lojas com serviços de café e restaurantes, lojas que levam produtos em casa com devolução, lojas que oferecem orientações sobre produtos, programas de fidelidade, atendentes especializados e produtos inclusivos para pessoas com deficiências e idosos.
Embora haja abertura para testar novas tecnologias, a pesquisa mostra que o uso de QR codes, vitrines virtuais, atendimento com inteligência artificial e atendentes robôs diminuiu. Por outro lado, compras online, aplicativos de entrega e compras pelo celular em lojas com retirada de produtos ganharam popularidade. O estudo foi aplicado em 18 países, mas é importante já estarmos cientes das novas mudanças para quando se intensificar no Brasil, já estarmos preparados, o que já viemos reforçando como programas de fidelidade, valor de marca e em criar conexões com nossos clientes para aumentar a conexão entre marca e consumidor..
Ainda sobre comportamento e datas promocionais, um estudo da RTB House sobre o comportamento do consumidor durante a Black Friday revelou dados surpreendentes. Cerca de 95% dos compradores não concluem suas compras na primeira visita a um site de varejo. Estratégias de retargeting têm um impacto significativo, atraindo 20% dos clientes em potencial de volta ao site.
Para a Black Friday de 2023, a pesquisa destaca a importância das palavras-chave relevantes, que continuam sendo fatores críticos para as conversões de vendas. Surpreendentemente, aproximadamente 31% dos consumidores começam a pesquisar produtos até três meses antes do evento, ressaltando a necessidade de planejamento antecipado. Além disso, 63% dos consumidores valorizam marcas alinhadas com seus valores e crenças. Essa aliança entre marca e valores do consumidor se torna uma estratégia crucial para atrair e manter clientes engajados.
Olhando para o futuro, em um cenário mais estável, a Black Friday de 2023 tem a perspectiva de combinar alto engajamento dos consumidores com bons resultados em conversão e ticket médio, oferecendo oportunidades promissoras para os varejistas.
Por outro lado, é necessário evitar as famosas promoções falsas, de acordo com o levantamento realizado pela empresa de pagamentos holandesa Adyen, aproximadamente 36% dos profissionais do varejo no Brasil relataram um aumento nas tentativas de fraude durante a Black Friday de 2022. Esse dado alarmante faz parte do Relatório Varejo 2023 e aponta que, à medida que a Black Friday cresce no país, o risco de golpes também aumenta, o que pode prejudicar a reputação das marcas.
Fonte: Mercado e Consumo
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